Estudo realizado por pesquisadores do Programa de Engenharia de Transportes (pet.coppe) da Coppe/UFRJ mostra mudanças no padrão de deslocamento dos usuários de transporte público da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), após a pandemia da Covid-19. De acordo com a pesquisa, que envolveu 4.300 pessoas da região, 14,5% modificou a forma de se locomover, gerando redução de passageiros em trens, metrô, barcas e ônibus. O estudo foi apresentado, dia 8 de dezembro, pela professora Marina Baltar (foto), do PET/Coppe, durante o 20º Congresso Rio de Transportes; e os resultados renderam reportagens de destaques em variados veículos de comunicação.
Coordenado pelo professor Glaydston Mattos Ribeiro, do PET/Coppe, o levantamento revela que entre os principais motivos da alteração estão o desemprego, a mudança do local de destino e a adoção de regime de trabalho híbrido ou remoto (19,35%). Entre as consequências estão, por exemplo, uma pequena redução do uso somente de ônibus na RMRJ, um aumento de utilização de transportes por aplicativos nas cidades do Rio e São Gonçalo, e a redução do uso do metrô no Rio. São consequências que mostram perdas de passageiros nos transporte públicos, que inclui principalmente os que têm maior renda e escolaridade e migraram para carros particulares, independente de ser ou não por aplicativos.
Após a apresentação do estudo foi realizada uma mesa redonda reunindo representantes das empresas de transportes públicos do Rio. A necessidade de resgatar ou mesmo atrair mais usuários e que, para tanto, são necessárias ações de autoridades governamentais, foi om consenso entre os participantes. As ações passam por medidas como a implantação de um sistema de integração físico e tarifário.
Além de Marina e Glaydston, participaram da mesa-redonda, o superintendente de Contrato de Concessões da CCR, Tiago Serra; a diretora de Operação da SuperVia, Rejane Micaelo; o especialista de Mobilidade do MetrôRio, Marcelo Mancini; a gerente de Mobilidade Urbana da Semove e professora do Cefet/RJ, Eunice Horário; e a professora da UFPE, Maria Leonor Maia, que mediou as discussões.
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